por Macanudo
Da Sempreviva eu opino o que segue.
Estando o grupo na situa��o que estava nos anos 60, em uma Am�rica Latina convulsionada e atormentada pelos terroristas urbanos, com o grupo tomando parte em campanhas para l� de perigosas, com atentados a bomba nas sedes, com agress�es hist�ricas at� nas sa�das das missas em algumas cidades brasileias, houve um movimento m�stico de uni�o e afervoramento que culminou na cria��o da Sempreviva. A hist�ria dela foi detalhadamente contada em um livro da TFP, eu n�o vou me dar ao trabalho de cont�-la aqui de novo, apesar de saber que todos aqueles que v�o opinar sobre o tema v�o ignorar que este livro existe e continuar dando palpites sobre coisas que n�o conhecem.
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La siempre viva... una plata que no vivi� mucho... |
Em 1972 a Sempreviva j� n�o era mais do que uma lembran�a. Aquele movimento m�stico tinha cessado e as pessoas j� n�o tinham mais a mesma disposi��o. E nunca mais falou-se no assunto, tanto mais que um dos primeiros a entrarem para a Sempreviva, Jo�o Cl� Dias, que foi um dos politiqueiros respons�veis por mil brigas dentro dela, achava-se o conservador para a posteridade das gra�as daquele per�odo. E pouca gente acreditava nele.
Foi com intuito de restaurar de modo artificial a Sempreviva que Jo�o Cl� Dias foi buscar no Praesto Sum um grupo de jovens que ali faziam reuni�es para formar o S�o Bento II. A artificialidade � uma das especialidades de JCD. Ent�o, ele reintroduziu o h�bito, que Dr. Pl�nio tinha feito mas que s� era usado por remanescentes de S. Bento I ou por um ou outro camaldulense isolado. Mais, ele pediu uma modifica��o do h�bito ao SDP, para marcar o "seu apostolado" (que desprendimento edificante!) e este criou a t�nica branca. Dr. Pl�nio disse ent�o que n�o era poss�vel usar h�bito sem "maintien", ou seja, sem postura. Dr. Pl�nio disse que ficava carnavalesco um homem usando o h�bito sem estar imbu�do pelo "esp�rito do h�bito". � a consequ�ncia da m�xima, "o h�bito n�o faz o monge". Jo�o Cl� Dias ent�o criou a marcha e as varinhas, herdeiras de seus cursos de Itaquera do final dos anos 60. As varinhas, al�as todas argentinas, eram importadas de l�, come�aram a serem usadas para dar aos eremitas, nos treinos de marcha, o porte f�sico necess�rio para portarem o h�bito. Deu certo no come�o, mas depois acabaram-se os treinos de marcha e ficou o uso indiscriminado da varinha. At� que Dr. Pl�nio percebeu esse abuso e acabou com isso.
Se a Sempreviva foi um movimento m�stico e fracassou, n�o ser� um movimento artificial deste g�nero que vai prosperar. S�o Bento II fracassou tamb�m e Jo�o Cl� Dias dispensou todos os quidams originais dele (Fernando Teles, Wellington, Laraia e outros) e quis tentar novamente com a gera��o dos jovens que formaram o S. Bento II (Lu�s Francisco, Pedro Juli�o, Marcos Faes, Dustan etc). Se com homens muito mais v�lidos que estes tinha dado errado, imagine com estes. Nenhum deles era capaz de agir sem ordem expressa e espec�fica do chefe JCD. Ent�o come�am as impropriedades: frases absurdas, ora��es sem l�gica, abusos disciplinares etc. � por causa de um Pedro Juli�o que Cosme diz que S�o Bento existia para a "glorifica��o do SDP". Foi Pedro Juli�o que, ouvindo isso de JCD, repetia sem cessar essa bobagem. S�o Bento existia dentro do contexto da TFP para dar s�lida forma��o moral e religiosa para homens que deveriam, mais tarde, agir em favor da Contra-Revolu��o. Dr. Pl�nio passava seus dias a trabalhar pela Contra-Revolu��o, iria ele permitir que um grupo de rapazes ficassem em SB para glorific�-lo? O que � glorifica��o a�? Cantar of�cio, ouvir fitas, participar de cortejos, rezar, ler, estudar, isso tudo � glorificar o SDP? Isso pode ser, se for bem feito, glorificar a Deus, o Criador, como canta mil vezes o of�cio. Glorificar � Nossa Senhora, Rainha do C�u e da Terra, como sugere tantas ora��es. E glorificando a Deus, santificar homens que sairiam dali para agir em prol da Contra-Revolu��o.
De modo que a Sempreviva foi o que foi: um movimento fracassado, do qual s� restou a lembran�a para os que dela participaram e o �dio dos que dela nada entenderam, por essas ou por aquelas raz�es.
N�o pretendo estar certo de tudo o que escrevi, mas � o que penso. Que me corrija quem tem algo melhor a dizer.
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